terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

W. Dias atrasada pagamento e médicos ameaçam suspender atendimento pelo Iapep/Plamta

O Sindicato dos Médicos do Piauí está ameaçando paralisar suas atividades por conta dos constantes atrasos referentes aos pagamentos do Instituto da Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Piauí (Iaspi/Plamta), antigo Iapep Saúde. Segundo a Comissão Brasileira de Hierarquização de Procedimentos Médicos do Piauí, os atrasos nos repasses chegam até cinco meses.
Recentemente, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Estado do Piauí (SINDHOSPI) já havia promovido uma paralisação por descontentamento relativo aos baixos valores que estavam sendo praticado pelo Iaspi. Consultas, exames e cirurgias eletivas chegaram a ser suspensas devido ao atraso no pagamento do Governo do Estado. A paralisação durou 20 dias.
Segundo Valrian Campos Feitosa, presidente da CHBPM/PI, ao longo dos anos, vários acordos foram feitos com a categoria, mas não estão sendo cumpridos. Incluindo o não cumprimento do aumento do valor dos procedimentos médicos, que estão bastante defasados.
Valrian Feitosa fala ainda sobre as "glosas", quando o Iaspi autoriza o procedimento, mas não efetua o pagamento do mesmo. Por consequência, o Sindicato dos Médicos está acionando a justiça para reivindicar a correção do ato, considerado pela categoria, ilegal. “Imagine o médico trabalhar, eles autorizam fazer o procedimento e quando for para receber foi glosado. Sem contar que o médico não recebe justificativa para tal, fora a burocracia. Desta forma teremos que parar”, enfatizou o presidente.
Além disso, a categoria também questiona a atualização de um novo software de atendimento que deverá ser custeado pelos próprios médicos.
“Para o médico poder atender no Iapep ele precisa dessa plataforma. Nesse caso, a entidade está cobrando o valor de R$ 1.100 para implantação. É um absurdo, pois em outros planos de saúde é a própria operadora que fornece o sistema para o médico. Nós fizemos um acordo e ficou decido que o valor seria reduzido para R$ 60, mas não estão cumprindo”, ressaltou Samuel Rêgo, presidente do Simepi.
Para Lúcia Santos, diretora do sindicato dos médicos e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), o Iapep/Plamta há muito tempo está funcionando somente pela responsabilidade do médico em manter o atendimento.
“Na verdade, os médicos não estão recebendo. Recentemente, no último mês, o relatório online apagou todos os procedimentos que os médicos fizeram. Nós chamamos os usurários para que tomem uma iniciativa junto com os médicos frente ao Iapep/Plamta, para que isso seja corrigido o mais rápido possível, pois o desconto é feito no contracheque dos funcionários, mas para onde está indo esse dinheiro é o que perguntamos, a situação está insustentável. Sabemos que o plano de saúde para os funcionários do estado é um direito adquirido há muito tempo. Nós médicos queremos prestar um serviço adequado, mas estamos em uma situação muito difícil”, enfatizou a diretora.
Fonte: Portal AZ | Edição: SIM NOTICIAS

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